sábado, 13 de outubro de 2007

aeroporto.
pois bem. quando eu era pequena, vivia em aeroportos, porque meu primeiro grande amor (meu pai), vivia viajando a trabalho. (viagens e trabalho. duas coisas super presentes desde cedo na minha vida.) meu relacionamento com os aeroportos, então, começou desde muito cedo. depois, descobri que tenho uma sina para gostar de gente "importada". e digo "importada" no estilo mais amplo da palavra: de qualquer outro lugar que não seja a minha cidade natal. primeiro, porque eu vivo querendo viajar. ir para cantos novos. viajar. um verbo intransitivo sem necessidade de justificativa. e pensando mais ainda, muitos marcos da minha vida tiveram um aeroporto (ou a insinuação dele) no meio. meu primeiro namoro acabou por causa de uma possível viagem. meu segundo namoro acabou depois de uma chegada de viagem minha. meu terceiro namoro teve ótimas viagens e a possibilidade de uma nova viagem (juntos ou separados) era sempre presente. então, aeroportos sempre foram portos emocionais para mim: algumas vezes bons e outras vezes nem tanto. bem, como na minha cabeça eu só tive três namoros realmente dignos do nome, falarei apenas desses três. mas devo dizer que outros envolvimentos também foram marcados por aeroportos. um, incluía até visitas inusitadas sem pretensão alguma além de sentar, tomar algo, conversar muito e ver aviões subindo e descendo (de preferência, nunca caindo). isso tudo gerou um campo magnético emotivo, digamos. eu digo isso porque senti isso essa semana. fui para o aeroporto "despachar" pessoas.

pausa para a contextualização: fazia alguns meses que eu não ia por lá, para entrar mesmo. mas esse intervalo não me impediu de pensar nele, no aeroporto.

por um lado, eu pensei que ia ficar mal quando andasse por lá, porque iria lembrar de algumas coisas, além do motivo-clichê-universal que é a saudade de alguém querido ou a saudade de uma viagem boa ou a vontade de pegar o avião para algum lugar. mas eu descobri que ele virou um porto de esperança. a porta para sair daqui. a porta para encontrar alguém que está longe. um espaço onde tudo pode acontecer. é como se fosse uma "circulação" de uma casa de possibilidades. é, eu viajo, literalmente e em dose dupla. mas é que foi muito estranho - e bom - ir ai aeroporto nessa fase que eu me encontro agora, de mudanças. todas boas, por sinal.

conforme eu ia andando para chegar lá, subindo as escadas rolantes e atravessando a pista dos táxis, meus sentidos se aguçavam para captar todas as impressões e mil pensamentos borbulharam na minha cabeça. eu passei uns bons dois meses imaginando situações naquele lugar e de repente, não mais que de repente, estava lá. pelo menos, metade do caminho está andado.

devo dizer que foi bom. foi meio surreal, até. e agora eu digo que o aeroporto é um dos meus lugares favoritos. não por osmose - como poderia ter acontecido antes, de tanto ir pra lá ou por pessoas que um dia no passado foram importantes pra mim gostarem lá, mas por aquisição e experiência. é, descobri um canto para ir quando quiser fugir de qualquer coisa.

me chamem caso queiram ir para lá!

e claro, ele virou um canto querido, mas eu não esqueci da sua real função! isso está no topo da lista dos motivos do meu enorme querer-bem pelo aeroporto. ele pode me levar para lugares a 4.242km de distância daqui. já disse que amo o Santos Dummont? ele deve ser padrinho de muita história...

o mundo acordou ao avesso.
foi isso que uma grande amiga disse. e eu meio que concordei. que louco! a Fernanda Lima tá grávida. o diretor da Warner diz que não vai mais produzir filmes com protagonistas femininas (por causa da fracasso dos dois últimos filmes). o Javier Bardem tá de trelêlê com a Penelope Cruz. enfim, várias coisas. dias assim devem ser bons... uma sacudida é boa, vez ou outra.

abuso do trabalho infantil.
ó, se dia 12 foi o dia das crianças, eu vou processor uma galera. sou vítima de abuso do trabalho infantil. ora pois...

rufus e os tamancos.
olha, sempre que eu leio algo sobre esse moço, eu bolo de rir. Rufus Wainwright deve ser um cara engraçado. lendo uma entrevista sobre seu estilo, ele comenta o que veste e tal. vira e mexe, você lê algo como: "esse anel foi o Elton John quem me deu. é caro, viu?! ele deve ser muito rico mesmo..." ou "eu adoro tamancos. minha família era tamanqueira. se eu não fosse bem na escola, levava uma tamancada". eu, vítima de imaginação super fértil, imagino logo o Rufus correndo com seus chachecóis e broches registrados, fugindo de um tamanco voador. hoho. algo do tipo, "avaiana de pau". ok, deve ter graça só par amim mesmo... enfim, escutem então as músicas do mocinho melodramático, porém, divertido.

ultimamente, eu tô no repet com "the one you love" e "going to a town".

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